Atenção

Todos os textos do blog são de minha autoria (Eduardo Gonçalves Monteiro) assim como as imagens postadas a partir do dia 1 de maior de 2010. Caso pretenda utilizar algum texto do blog de os devidos créditos ao autor e ao blog.

domingo, 3 de março de 2013

Rota Alterada



Ela se esqueceu de ser real. Naquela noite tudo o que trazia em mente eram pequenas migalhas de uma luz que um dia brilhara forte. Sonhou demais. Subiu demais e não viu a altura da montanha até chegar a borda. O limite.
Não calculou bem, ignorou o GPS e até mesmo a velha bussola que ganhara do avô quando pequena. Ficou cega. Puta euforia.
Não que fosse burra, sabia das consequências de correr com muita sede ao pote, mas foi assim. Inconsequente. Vendada. Cega.
Mas é na beira do precipício que o estomago alarma. Que cada pelo do seu corpo se ouriça. É na beira do precipício que a venda cai.
Antes ela do que você.
Mas o que lhe resta, jogar-se? Insana. Ou recuar, correr de volta a selva crua do mundo, sem bussola, sem GPS. Lutar por ser outra vez. Quem sabe?

3 comentários:

  1. A gente sabe que a metáfora é boa quando te agonia.

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  2. Hahaha bem divertido, acho que ao ler da pa sentir toda dinâmica do texto, não deixo de imaginar o tempo correndo fazendo tic-tac...

    Fora os conflitos que são mostrados, eu vi algo como um toque, alguém chamando o leitor para a realidade de que eles precisam se sensibilizar com as dificuldades dos outros, que as coisas que acontecem ao redor não podem ser ignoradas.

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