O relógio, sempre egoísta, correndo sem olhar para o lado. Queria que minhas lagrimas enferrujassem suas velozes engrenagens, então, quem sabe, meu relógio pararia, pararia lentamente para espera meu próprio tempo. O relógio, um tanto até otimista, corre apressado na esperança de me animar, mostrando a cada segundo a vida que não para nem retarda. O relógio, contando segundos para formar minutos, e minutos para formar horas. O relógio não para, nem que minha angustia entre em suas engrenagens, pois se parasse me mataria, me afogando em minha própria melancolia, agonia.