Toco,
Com mãos inexistentes
E desejo utópico,
Seus mais lindos sonhos.
Mergulho em toda a sua existência
E me enxáguo em toda a sua infinidade,
Deleitando-me em cada mundo
Que existe em você.
Perco o meu fôlego
Ao me esbanjar de sua vida.
Logo,
Abandono a existência que tive
Recriando-me,
Fazendo de mim algo novo.
Utópico em você.
Por fim,
Toco-lhe a vida,
Com mãos destoadas,
E vejo cada devaneio seu,
Cada delírio
Ou sinal de insana sanidade,
Murchar em rosa fúnebre
Se esvai,
Simples e perfeita,
No mais lindo dos silêncios.
Acabou...